terça-feira, 5 de julho de 2016

O "BOM PARLAMENTO" E O IMPEACHMENT

Caros amiggos e coleggas,
Como disse no post anterior, estou fazendo ampla pesquisa sobre a matéria.
Fruto dessa busca pelo melhor para oferecer a vocês, encontrei o artigo abaixo que reputo como o mais proveitoso e sucinto para iniciar o estudo.
No próximo post, pretendo explicar como funcionava o parlamento de então, que não era permanente e nem eleito diretamente pelo povo. Seus membros eram indicados pelo rei e, eventualmente, convocados por breves períodos para deliberar sobre grandes questões de interesse do reino.
Aproveitem. Voltarei em breve.


O BOM PARLAMENTO INGLÊS DE 1376 E O IMPEACHMENT

Por Mário Sérgio Lorenzetto
No blog Campo Grande News
Em 15/04/2016

O "Bom Parlamento" foi assim denominado por, pela primeira vez, trazer à tona denúncias contra a corrupção de altos funcionários, de gastos extravagantes e do insucesso da Inglaterra na Guerra dos Cem Anos. O Bom Parlamento criou o impeachment para expulsar Lord Latimer e outros de seu meio, bem como de Alice Perrers, a amante do rei, da corte. No final, após as expulsões, tudo que o Bom Parlamento havia realizado foi desfeito por John of Gaunt, duque de Lancaster, nas sessões parlamentares de 1377.

O Bom Parlamento estava inserido em meio ao poder crescente dos comuns. Leia-se "comuns" como uma burguesia ascendente que encontrava forças para os embates pelo poder com os nobres. Os principais acusados foram William Latimer, camareiro do rei e conselheiro privado, bem como Richard Lyons, agente do rei com os comerciantes.

Latimer foi considerado culpado em uma série de malversações: teria comprado algumas dívidas do rei e recebido muito além do que era legal, extorquido enormes somas dos bretões, de ter vendido o castelo de S. Sauveur aos inimigos, impedido o socorro de Becherel na guerra e interceptado uma grande parte do dinheiro que, a título de multa, deveria ter ido para os cofres reais. Richard Lyons tinha sido parceiro de Latimer em algumas fraudes financeiras gigantescas. Em um dos casos mais rumorosos, a dupla havia emprestado 20.000 marcos e recebido 20.000 libras em pagamento. Também haviam antecipado e aumentado as taxas de importações nos diversos portos em todo o reino.

O dinheiro havia sido, novamente, desviado para seus bolsos. Eles tentaram subornar o Rei e o Príncipe de Gales para intercederem em seu favor, o rei levou a tentativa na brincadeira e o príncipe negou a tentativa. Por ultimo, procuraram John Neville de Raby, o mordomo do rei, que acabou sendo implicado no impeachment. Determinou-se que as acusações contra Latimer ficaram comprovadas. Ele não só perdeu o cargo como também seu escritório e foi condenado à prisão.

No entanto, logo a seguir, foi solto sob fiança. Lyons seguiu o mesmo rumo de Latimer - prisão, perda de poder e confisco de bens. Incentivado pelo sucesso, o Bom Parlamento, submeteu ao impeachment Alice Perrers, a amante do rei. A pena de Alice foi o banimento e a perda de poderes na corte. Vários outros culpados menores também foram penalizados. O senhor Neville foi objeto de uma petição para remoção da corte, bem como sir Richard Sturry, cortesão de Lollard, que recebeu a mesma pena. E o processo continuou... parecia não ter fim.


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