quarta-feira, 22 de junho de 2011

FICAR A VER NAVIOS

Meus coleggas e amiggos,

Peço-lhes mais de mil desculpas pela demora.
Entretanto, não estava eu simplesmente a "ver navios".
Ao contrário. Acho que vocês sabem como é final de semestre para nós, professores universitários. É um corre-corre para elaborar provas, aplicá-las, corrigi-las, comentar com os alunos, fazer revisão, fazer os mapas de notas e frequência, lançá-los, preparar plano de ensino e cronograma para o semestre que vem.

O título deste post é uma expressão bem conhecida de todos nós, principalmente dos mais velhos.
Antes de dizer alguma coisa sobre ela, contudo, peço a vocês que leiam a breve história do bonitão da pintura aí ao lado que copiei da Wikipédia e colei, sem qualquer alteração. Logo em seguida, explicarei.


D. Sebastião I de Portugal (Lisboa, 20 de Janeiro de 1554Alcácer-Quibir, 4 de Agosto de 1578) foi o décimo sexto rei de Portugal, cognominado O Desejado por ser o herdeiro esperado da Dinastia de Avis, mais tarde nomeado O Encoberto ou O Adormecido. Foi o sétimo rei da Dinastia de Avis, neto do rei João III de quem herdou o trono com apenas três anos. A regência foi assegurada pela sua avó Catarina da Áustria e pelo Cardeal Henrique de Évora. Aos 14 anos assumiu a governação manifestando grande fervor religioso e militar. Solicitado a cessar as ameaças às costas portuguesas e motivado a reviver as glórias do passado, decidiu a montar um esforço militar em Marrocos, planeando uma cruzada após Mulei Mohammed ter solicitado a sua ajuda para recuperar o trono. A derrota portuguesa na batalha de Alcácer-Quibir em 1578 levou ao desaparecimento de D. Sebastião em combate e da nata da nobreza, iniciando a crise dinástica de 1580 que levou à perda da independência para a dinastia Filipina e ao nascimento do mito do Sebastianismo.

Bem, meus amiggos, o tão esperado rei não voltou da luta. O povo de Portugal sabia que ele não deixaria um herdeiro para reinar em seu lugar e a coroa passaria ao Rei de Espanha Filipe I, seu primo. Como, de fato, aconteceu.
Durante muito tempo, os ansiosos portugueses subiam a parte mais alta de Lisboa, voltada para a boca do Rio Tejo, por onde entravam as naus, para tentar avistar as velas que trariam o jovem monarca de volta. Em vão. Ele nunca voltou.
Em Portugal, ainda se brinca dizendo que alguns ainda estão esperando. Portanto, ficamos assim:

Significado: esperar em vão, não conseguir o que se queria, decepcionar-se diante da expectativa de uma coisa que não aconteceu; ou, ficar de mãos abanando, como se diz, sem nada (sic).
a
Origem: Dom Sebastião, rei de Portugal, morreu na batalha de Alcácer-Quibir, mas o seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo recusava-se a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.
Voltarei em breve com uma novidade. Atendendo a pedido de uma grande amiga, vou contar uma das histórias mais engraçadas do meu velho e saudoso pai, Chici Figueiredo. Acho que vocês vão gostar.
Antes disso, porém, publicarei um post com um breve artigo para os meus visitantes habituais.

Como diziam os velhos romanos:
Carpe diem

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